7 junho, 2025

Ossada Humana é Retirada de Poço em Ji-Paraná Após Complexa Operação de Três Dias

Reprodução

Uma complexa operação de resgate, conduzida pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Civil de Ji-Paraná, Rondônia, foi concluída na manhã desta quarta-feira, 4 de junho de 2025. Após três dias de intensos trabalhos, uma ossada humana foi integralmente retirada do interior de um poço situado nos fundos de uma residência no bairro Boa Esperança, no segundo distrito da cidade.

A mobilização das equipes teve início após o levantamento de suspeitas sobre um possível crime no local. Moradores da região relataram a presença de um forte odor emanando do poço e observaram uma botina deixada ao lado da tampa, o que despertou o alerta. A Polícia Civil foi inicialmente acionada e, em seguida, o Corpo de Bombeiros foi chamado para auxiliar na investigação da situação.

Desde a última segunda-feira, 2 de junho, as equipes já trabalhavam com a hipótese de que havia restos mortais na cisterna. O desafio logístico encontrado foi considerável: o poço, com uma profundidade estimada entre 3 e 4 metros, apresentava uma constante entrada de água, reflexo do lençol freático elevado característico da área. A drenagem da água não pôde ser efetuada com bombas convencionais, o que exigiu o emprego de equipamentos de sucção de maior potência.

No segundo dia da operação, após a retirada parcial da água, os bombeiros localizaram os primeiros fragmentos de ossos humanos e vestígios de roupas. Estes materiais estavam presos à bomba de sucção que já se encontrava instalada no poço, o que reforçou a tese de que um corpo havia sido ocultado ali.

Nesta quarta-feira, com a utilização de um equipamento de maior capacidade, foi possível esvaziar quase que totalmente a cisterna. A equipe conseguiu, então, remover o restante da ossada, incluindo partes essenciais como o crânio e a mandíbula, que são fundamentais para os exames de DNA a serem realizados pelo Instituto de Criminalística em Porto Velho. Além dos restos mortais, foi encontrada no local uma bengala de motocicleta, que pode ter sido usada como arma no crime. Segundo a análise preliminar dos peritos, alguns ossos apresentavam sinais de queimadura, levantando a suspeita de que o corpo tenha sido incendiado antes de ser lançado no poço.

A Polícia Civil trabalha agora com a principal hipótese de que os restos mortais pertençam a um ex-morador da residência, um corretor de imóveis que está atualmente desaparecido. A Delegacia de Homicídios de Ji-Paraná dará continuidade às investigações para esclarecer a identidade da vítima e todas as circunstâncias do que aparenta ser um assassinato.

A operação mobilizou bombeiros, policiais militares, peritos e investigadores da Polícia Civil, sob o comando do delegado Flaviano José, em mais um esforço para elucidar um crime brutal que chocou a comunidade local. A perícia técnica segue com os trabalhos de análise, enquanto a população aguarda respostas sobre este caso.